protestos Harry Potter


Controvérsias

A série literária Harry Potter de J. K. Rowling originou algumas controvérsias. A maioria destas vem da idéia de que a magia nos livros promove a bruxaria entre crianças e que irá levá-las para o ocultismo. Outras controvérsias envolvem infração dos direitos de copyright de obras anteriores, ou autores tentando piratear as obras de Rowling.




Proibição de leitura

A série causou mais controvérsia com um de seus lançamentos, Harry Potter e o Enigma do Príncipe, quando a mercearia canadense Superstore vendeu acidentalmente várias cópias do livro antes da data autorizada para o lançamento. A editora canadense, Raincoast Books, obteve uma liminar da Suprema Corte da British Columbia proibindo que os compradores lessem os livros em poder deles. Isso gerou alguns artigos questionando que a restrição da liminar a direitos fundamentais. O professor de direito Michael Geist postou um comentário em seu blog.  Richard Stallman também postou uma declaração em seu blog pedindo um boicote até que a editora pedisse desculpas.


A resposta de Rowling

J. K. Rowling negou repetidamente a afirmação de que seus livros levariam as crianças à bruxaria.  De fato, Rowling indicou várias vezes que se considera cristã.  Há inclusive indicações de que os livros podem ser eventualmente tomados como alegorias cristãs:
Eu sou cristã e isso parece ofender bem mais os religiosos do que se eu dissesse que não existe Deus. Sempre que fui perguntada se eu acreditava em Deus, eu respondi ‘sim’, porque eu acredito. Mas ninguém nunca foi mais fundo que isso realmente, devo dizer que isso é bom para mim... Se eu falar muito livremente sobre isso, acho que o leitor inteligente — sejam 10 ou 60 — poderá adivinhar o que está vindo nos livros.


Desafios públicos

A série tem sido freqüentemente desafiada na Justiça por alegações de conteúdo impróprio. Nos Estados Unidos, a série está no sétimo lugar na lista de livros mais desafiados em bibliotecas americanas entre 1990 e 2000, apesar de só ter sido publicada nesse país em 1997.  Não é claro, porém, quantas vezes as bibliotecas realmente restrigem o acesso aos livro, e houve muitos fracassos em fazê-lo. 
Laura Mallory, mãe de três crianças no estado americano da Geórgia, ganhou fama em 2006 por tentar constatemente banir os livros de Harry Potter da biblioteca da escola de seus filhos. Mallory afirma que os livros trazem "Temas do mal, bruxaria, atividade demoníaca, sacrifício de sangue maligno, feitiços e ensinam as crianças tudo isso". Ela admitiu que não leu a série de livros em parte por que "Eles são muito longos e eu tenho quatro filhos. Eu coloquei muito trabalho no que estudei e li. Acho que seria hipócrita de minha parte ler todos os livros, honestamente".  Ela foi ao Conselho de Educação do Condado de Gwinnett com suas preocupações, mas seu pedido foi negado. A procuradora do Conselho de Educação, Victoria Sweeny, disse que se todas as escolas removessem todos os livros que contém referências a bruxas, elas teriam de banir "Macbeth" e "Cinderela". Mallory foi nomeada pelo jornal Washington Post a "Idiota do Ano de 2006"  Depois, ela perdeu uma apelação com o Conselho de Educação do Estado da Geórgia. Mallory afirma que apelará da decisão do estado da Geórgia de permitir os livros nas escolas.